domingo, 9 de agosto de 2009

CaptAções


Ultimamente tenho visto muita coisa, muita mesmo, mais do que os meus olhos conseguem ver pq muito do que eu vejo é fruto do que penso sobre o que percebo.

Tenho tido grandes oportunidades com

A simplicidade;

A falta de saneamento básico, condomínios de alto padrão, crianças nas ruas;

Gente dançando a noite inteira como se aquilo fosse a ultima coisa que pudessem fazer na vida;
Pessoas vivendo pela lei do mais forte, alguns vivendo sem que isso seja possivel em tais condições. Sobrevivendo.

E os que não comem carne de segunda;

Carros espetaculares, carros despedaçados, carros andando muito, muito rápido;

Noites dormidas, noites e mais noites sem dormir, por querer ou não;

Diversão, satisfação, vaidade, gratidão, inveja e muita;

Uma humildade linda, de quem é realmente grande - enorme - profissional muito reconhecido (cheio de títulos) ou mãe de 10 filhos (que tem ou deveria ter ao menos o reconhecimento deles).

Tenho visto uma menina que caminha e se apavora com o tanto que se pode caminhar;

Tenho visto uma menina que fala, se articula e brinca, como se fosse boneca;

Percebo que a criança cada vez mais confia em si, até o dia que pensa poder ganhar o mundo;
E são estradas, trens, carros, aviões, chuva, sol, e ventanias.

VEN da VAIS, tempestades, turbulências e turbilhões;

Lindos temporais e longas distâncias;

Uma voz ecoa.

As pessoas ouvem, estão atentas, e alguém diz (com malícia nos olhos) que é linda a voz.

Que tudo permaneça suspenso nesse momento, que o mundo pare ali.

Pois,
É espetacular ver onde se pode chegar, pelas coisas que se pode sentir.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A JOGADA


Uma só jogada.
Uma grande jogada.
Nela todas as fichas.
Grandes riscos, grandes ganhos ou grandes perdas.
Se der certo, ganha-se tudo, quebra a mesa e se toca o barco.
Se não der... na hora a gente dá um jeito, tenta concertar de novo (ou o que der), se arrepende (ou não) e aprende a não arriscar coisas que não se recupera mais.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Eu poderia ser mais uma criança adulterada mas não sou. Não lembro bem quando, mas eu decidi que comigo seria diferente. Então estou aqui, sofrendo e descobrindo as coisas a meu respeito. Estou aqui recebendo as críticas de peito aberto. Tentando elaborá-las da mesma maneira. É muito dificil ser assim. É ruim, a curto prazo, pensar tanto. Espero que a longo, algo de melhor aconteça. A gente erra tentando acertar, e a minha dúvida é sobre a estagnação. O que será que ela provoca? Eu corro muito, e como alguem que do nada fica cego, quando vejo dou de cara em uma parede. Só então lembro que haviam placas no caminho. Mas quem corre não vê bem as placas. Não tem tempo para tanto. Então caio e fico tonta, e isso faz doer novamente. Deixa ficar tonta. Deixa doer. No outro dia a gente junta tudo de novo.E quem sabe com o tempo venha a maturidade e a prudência de ler as placas do caminho.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Prólogo

O mais profundo jamais é corpo,
O mais profundo é pra além d'alma, algo como corpo e alma.



Eles já se conheciam há muitos anos. Eram amigos há muitos anos. Ela o amou desde a primeira vez que o viu, e sim isso é possível, aconteceu com ela. Ele a amava da mesma forma. Eles não sabiam de nada. Mesmo quando ela foi embora, eles continuavam se falando e quando o telefone não dava conta os Correios eram acionados. Ela escrevia cartas, ele escrevia publicações completas, páginas e páginas. Sempre fora o mais emocional. Eles fizeram muitas coisas juntos, sempre. Gostavam de coisas parecidas e aprendiam um com o outro. Discutiam também, horas e horas. Ele era extremamente otimista, ela acreditava ser realista. E isso os unia mais ainda.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Primeiro capítulo

Agora não se viam há meses. Foi então que ela terminou um namoro, e na mesma semana teve uma oportunidade de ir lá. E foi. Combinaram que se encontrariam na festa que era o motivo da viagem dela. Contudo, não haviam pretenções, como alguém poderia imaginar. Realmente elas não existiam naquele momento. Ela se arrumou pra festa pensando no ex, estava linda, o vestido preto com detalhes em grafite moldava-se ao seu corpo, revelando os resultados das horas de academia do último ano. Maquiagem e cabelos impecáveis ganhavam um ar ainda mais solene sobre o salto que a deixava com pouco mais de 1 metro e 80cm. Mulher é como índio, se pinta pra ir pra guerra, e ela queria afogar as mágoas. Ele, que havia comprado um sapato novo, resolveu ir de tênis preto e calça jeans. A camisa que estava pra fora da calça era de um azul tão escuro quanto seus olhos. Por cima disso tudo um blazer, nada de paletó, terno ou gravata, ele era assim. Havia também o relógio, a barba por fazer, o cabelo negro, liso, e o perfume que ele jamais esqueceria de colocar. Sentia-se bem, e estava perfeito. Quando os olhos se encontraram houveram sorrissos instantâneos e verdadeiros. O sorrisso dela, trazia lembranças de tudo que fora junto com ele, da infância dos bons momentos e a felicidade em vê-lo, o dele enchia-se de um frio na barriga e pernas trêmulas, dificil explicar, nunca a tinha visto como estava naquele dia. Aproximaram-se... um abraço... um beijo um pouco acima da sombrancelha (ele sempre fazia isso pq era mais alto, naquele dia ela estava quase da sua altura). Todas as palavras do mundo estavam ali, e brincavam de se esconder dos dois. Falaram pouco, mas os olhos se entenderam perfeitamente. Ela perguntou se ele cuidaria dela naquela noite, ele respondeu que sim mas não entendeu o motivo. Ela bebia e dançava como se aquela fosse sua última oportunidade de fazê-lo, voltou-se a ele e xingou todos os homens do mundo, pediu para que fossem pra outra festa, e foram. Ela continuava bebendo, ele cumpria sua palavra. Por um segundo os olhos se perderam, ele estava sentado a um canto e a cabeça dela foi repousar em seu peito. O choro e só.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Bronzeado de segunda-feira

É assim, algo como um tipo de funcionamento, ou como queiram chamar, já que este esquema pode se estender para vários, senão para todos os âmbitos da vida de alguém.

Ela esta em casa, é sexta de noite e ela assiste TV, quando a moça do tempo aparece e anuncia:

- A previsão para a zona sul do Estado é de tempo firme sendo que as mínimas ficam em torno dos 26°C as máximas podem passar de 35°C. Para os veranistas que pretendem ir à Praia do Cassino (pasmem) não haverá vento e as condições estarão ideias para um banho de mar, ou para aproveitar o sol.

Ela que está em Pelotas, sozinha em casa, começa então imediatamente a imaginar:

Sim eu vou ir pra lá, irei e ficarei com um lindo bronzeado nesses dois dias, e segunda-feira estarei linda, e quando chegar para trabalhar todos irão me olhar e dirão "nossa como vc está bem" "como está bonita" e quando ele me ver vai pensar "que loucura, como que não liguei pra ela essa semana toda?", depois vai me ligar e vai dizer que precisa me ver, e se podemos jantar... ... ...


Vejam, ela não pensou em como iria até a praia, não pensou se o carro tinha gasolina, se tinha q pegar onibus e quais os horarios, não pensou em onde se hospedar, onde comer, como voltar pra casa, que horas sair de casa NADA!!!!!

Cabe ressaltar que eu não sou contra improvisações, mas trata-se de viabilidade, quando se atravessa a rua e olha-se para os dois lados, estamos analisando a viabilidade, a viabilidade para atravessar aquela rua naquele horario. Quando se faz um projeto, seja de vida, seja de ciências, tudo depende da viabilidade do que se planeja, da existencia dos recursos necessários ou da possibilidade de conquistar tais recursos. Sem análise de viabilidade, e sem planejamento vira desordem, fica volátil, impraticável, vira o tal bronzeado de segunda-feira, que tem uma probabilidade muito baixa de dar certo.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Um uruguaio, do nada.


Eu estava caminhando, absorvida pelos meus pensamentos, imersa neles como sempre fico quando caminho acompanhada pelos meus fones de ouvido, quando ele simplesmente se postou na minha frente, assim, do nada. Sorrindo estendeu a mão pra me cumprimentar e eu sorri, não pra ele mas pela audácia! Ninguém pára um desconhecido na rua assim! Olhei pra ele que continuava ali e apertei sua mão, ele me disse seu nome e perguntou o meu, falou-me que é uruguaio de Montevideo, disse entre outras coisas, que gosta de candombe e tentava se esforçar ao máximo pra que eu compreendesse o que ele falava em espanhol carregado - mal sabia ele que eu ouço esse idioma desde que nasci, que já dancei esse ritmo inumeras vezes, e que tenho uma certa ligação com esse país - ele não sabia, e nem eu falei, ha coisas que não precisam ser ditas. De qualquer forma gostei do esforço dele. Magro, alto, roupa normal, um rosto amigável e simpático. Conversamos por um tempo, ali na rua mesmo, ele perguntou algumas coisas mas mais falou de si. Ele queria falar, e eu gostei de ouvir. Gosto de pessoas audaciosas. Gosto de quem não tem medos enormes de errar ou de que as coisas não dêem certo, assim se vai em frente, se progride, ou se tem uma conversa com uma estranha na rua. Ganhei um presente, lhe dei algo meu, e tudo isso em poucos minutos de um dia cinza do verão que termina hoje.


A foto é do pôr-do-sol em Montevideo.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Elas, nós


Atravessei a rua olhando o céu.
Abri o portão, subi as escadas e entrei em casa.
Falei com meu pai, com minha mãe e jantei pensando em escrever sobre as muitas coisas que faço sem gostar de fazer, e depois sobre tudo que faço e gosto de fazer (pq eu ainda sou otimista hehe).
Troquei de roupa, e olhei uma parte da partida que passava na televisão.
Depois disso tudo fui buscar alguma coisa, quando ouvi aquela vozinha que me falou sorrindo:
- Você foi pra escola?!
HAHA!! Foi o evento desencadeante! Ganhei beijos e abraços, brincadeira de aviãozinho, conversas sobre as aulas da quinta série e uma mega estória que começou com Ali Babá, passou pela Rapunzel, o sapo que era príncipe, as sete pedras mágicas, a Barbie princesa da ilha e é claro terminou com um sonoro foram felizes para sempre.
E assim, mais uma vez, eu percebi o quanto elas me fazem bem, seja pelas disconfianças de que a professora de história esta mentindo, pelos sustos de não gabaritar as provas de matemática e a timidez de uma, ou mesmo pela incrível aventura que é ir à padaria de manhã com a outra, que corre pra chutar a água das poças, gosta de brincar de pular (mesmo sem saber pular direito ainda) e dançar na calçada da avenida me pedindo pra que faça o mesmo ao que eu sempre atendo e nos divertimos muito!
Sou feliz com elas, quando dou garupa, ajudo a estudar, quando vejo as duas brincando juntas, ou levo no colégio, ou mesmo quando vejo dormir e fico pensando "nossa como cresceu rápido" .
É muito bom ser irmã mais velha, é muito bom ter essa vontade de proteger, de ser presente, de estar junto, de que sejam mto felizes e se sentir de alguma forma responsável por elas e ter esse amor que é fraterno mas tem algo de materno, apesar das vezes que eu também digo não.

terça-feira, 10 de março de 2009

O infinito


Hoje eu vinha pra casa pensando sobre o infinito.
Como pode algumas coisas não terem fim, como os números, não acabam e são um imediatamente diferente do outro, assim como as infinitas combinações de casas pelas ruas do mundo, que mesmo sendo tão diferentes sempre terão em comum a moldura do céu e do firmamento. Acho muito bom que a vida de cada um de nós seja finita, muitas vezes não se dá valor à ela mesmo sendo assim, imagina só se tivessemos todo o tempo do mundo, aliás o tempo é que anda reduzido ultimamente, mas essa é outra história... e acredito também que a prepotência seria bem maior, mas talvez por nós sermos finitos é que temos dificuldade em aceitar o que não tem fim, de qualquer forma me parece intrigante as coisas que não acabam. E o céu está lindo essa noite.

faltas

sinto saudade de muita gente, saudade de outros tempos, mas que falta me faz eu mesma as vezes...
parece que a essencia guardei em algum lugar, horas acho, horas esqueço, e em muitas ocasiões sufoco, mto mais do que queria, mas se procuro, se tento trazer à tona,



sim



ainda esta lá, e como é bom reverte minha amiga!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Pela janela

par la fenêtre je suis aujourd'hui
par la fenêtre, un moine dans notre ville
un volcan
et il dort dans mes bras
par la fenêtre

une femme
un diable

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

JJ


PREVISIONES...

el sol atenúa

y en principios de este verano

hace frío

alguien dijo que el frío quema

pero no

a mí no me quema

sólo hace daño

sólo duele el alma

y la cuestión ahora es

¿lo que será el invierno?

un invierno con un océano de hielo

un gran océano

donde sólo sobrevivirán las cosas más fuertes:


los ojos más puros


las sonrisas del amanecer


el abrazo de tantas llegadas


quizás

en algún lugar


tu y yo

sábado, 17 de janeiro de 2009

Mentiras

Isso é realmente engraçado, pq todo mundo diz q mentir é feio, onde há mentira não ha ética e tal. Bom, em algumas situações isso faz sentido, mas convenhamos que sem mentira nós não viveriamos, todos os mecanismos de defesa exceto a sublimação (que é a única que se salva dali hehehehe) são mentiras (talvez inconscientes mas mentiras!) que contamos pra nós mesmos, na tentativa de nos convencer com argumentos falsos, pra proteger-nos de nossas próprias "loucuras cotidianas".
No fundo, somos todos absolutistas et l'État c'est moi, dizendo pra nós mesmos que dependemos só de nós. MENTIRA!
Mas mesmo sabendo que é mentira a gente mente, e a negação age, assim como no meu post anterior, essa musica que eu tenho no mp3 na voz da Carla Bruni que diz (e repete e tenta convencer) que o amor não é para si L'amou pas por moi??? Je préfère le goût du vent??? Quem diria (sem estar mentindo) que o amor não é pra si e que prefere o gosto do vento??
Então to aqui, de peito aberto dizendo q d durona só a carapaça e a insegurança. Agora já é tempo de se permitir!!!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Durona...


L'amour, hum hum, pas pour moi,
Tous ces "toujours",
C'est pas net, ça joue des tours,
Ça s'approche sans se montrer,
Comme un traître de velours,
Ça me blesse, ou me lasse, selon les jours
L'amour, hum hum, ça ne vaut rien,
Ça m'inquiète de tout,
Et ça se déguise en doux,
Quand ça gronde, quand ça me mord,
Alors oui, c'est pire que tout,
Car j'en veux, hum hum, plus encore,
Pourquoi faire ce tas de plaisirs, de frissons, de caresses, de pauvres promesses ?
A quoi bon se laisser reprendre
Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade,
L'amour, hum hum, ça ne va pas,
C'est pas du Saint Laurent,
Ça ne tombe pas parfaitement,
Si je ne trouve pas mon style ce n'est pas faute d'essayer,
Et l'amour, hum hum, je laisse tomber!
A quoi bon ce tas de plaisirs, de frissons, de caresses, de pauvres promesses?
Pourquoi faire se laisser reprendre,
Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade,
L'amour, hum hum, j'en veux pas
J'préfère de temps en temps
Je préfère le goût du vent
Le goût étrange et doux de la peau de mes amants,
Mais l'amour, hum hum, pas vraiment!