segunda-feira, 30 de março de 2009

Bronzeado de segunda-feira

É assim, algo como um tipo de funcionamento, ou como queiram chamar, já que este esquema pode se estender para vários, senão para todos os âmbitos da vida de alguém.

Ela esta em casa, é sexta de noite e ela assiste TV, quando a moça do tempo aparece e anuncia:

- A previsão para a zona sul do Estado é de tempo firme sendo que as mínimas ficam em torno dos 26°C as máximas podem passar de 35°C. Para os veranistas que pretendem ir à Praia do Cassino (pasmem) não haverá vento e as condições estarão ideias para um banho de mar, ou para aproveitar o sol.

Ela que está em Pelotas, sozinha em casa, começa então imediatamente a imaginar:

Sim eu vou ir pra lá, irei e ficarei com um lindo bronzeado nesses dois dias, e segunda-feira estarei linda, e quando chegar para trabalhar todos irão me olhar e dirão "nossa como vc está bem" "como está bonita" e quando ele me ver vai pensar "que loucura, como que não liguei pra ela essa semana toda?", depois vai me ligar e vai dizer que precisa me ver, e se podemos jantar... ... ...


Vejam, ela não pensou em como iria até a praia, não pensou se o carro tinha gasolina, se tinha q pegar onibus e quais os horarios, não pensou em onde se hospedar, onde comer, como voltar pra casa, que horas sair de casa NADA!!!!!

Cabe ressaltar que eu não sou contra improvisações, mas trata-se de viabilidade, quando se atravessa a rua e olha-se para os dois lados, estamos analisando a viabilidade, a viabilidade para atravessar aquela rua naquele horario. Quando se faz um projeto, seja de vida, seja de ciências, tudo depende da viabilidade do que se planeja, da existencia dos recursos necessários ou da possibilidade de conquistar tais recursos. Sem análise de viabilidade, e sem planejamento vira desordem, fica volátil, impraticável, vira o tal bronzeado de segunda-feira, que tem uma probabilidade muito baixa de dar certo.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Um uruguaio, do nada.


Eu estava caminhando, absorvida pelos meus pensamentos, imersa neles como sempre fico quando caminho acompanhada pelos meus fones de ouvido, quando ele simplesmente se postou na minha frente, assim, do nada. Sorrindo estendeu a mão pra me cumprimentar e eu sorri, não pra ele mas pela audácia! Ninguém pára um desconhecido na rua assim! Olhei pra ele que continuava ali e apertei sua mão, ele me disse seu nome e perguntou o meu, falou-me que é uruguaio de Montevideo, disse entre outras coisas, que gosta de candombe e tentava se esforçar ao máximo pra que eu compreendesse o que ele falava em espanhol carregado - mal sabia ele que eu ouço esse idioma desde que nasci, que já dancei esse ritmo inumeras vezes, e que tenho uma certa ligação com esse país - ele não sabia, e nem eu falei, ha coisas que não precisam ser ditas. De qualquer forma gostei do esforço dele. Magro, alto, roupa normal, um rosto amigável e simpático. Conversamos por um tempo, ali na rua mesmo, ele perguntou algumas coisas mas mais falou de si. Ele queria falar, e eu gostei de ouvir. Gosto de pessoas audaciosas. Gosto de quem não tem medos enormes de errar ou de que as coisas não dêem certo, assim se vai em frente, se progride, ou se tem uma conversa com uma estranha na rua. Ganhei um presente, lhe dei algo meu, e tudo isso em poucos minutos de um dia cinza do verão que termina hoje.


A foto é do pôr-do-sol em Montevideo.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Elas, nós


Atravessei a rua olhando o céu.
Abri o portão, subi as escadas e entrei em casa.
Falei com meu pai, com minha mãe e jantei pensando em escrever sobre as muitas coisas que faço sem gostar de fazer, e depois sobre tudo que faço e gosto de fazer (pq eu ainda sou otimista hehe).
Troquei de roupa, e olhei uma parte da partida que passava na televisão.
Depois disso tudo fui buscar alguma coisa, quando ouvi aquela vozinha que me falou sorrindo:
- Você foi pra escola?!
HAHA!! Foi o evento desencadeante! Ganhei beijos e abraços, brincadeira de aviãozinho, conversas sobre as aulas da quinta série e uma mega estória que começou com Ali Babá, passou pela Rapunzel, o sapo que era príncipe, as sete pedras mágicas, a Barbie princesa da ilha e é claro terminou com um sonoro foram felizes para sempre.
E assim, mais uma vez, eu percebi o quanto elas me fazem bem, seja pelas disconfianças de que a professora de história esta mentindo, pelos sustos de não gabaritar as provas de matemática e a timidez de uma, ou mesmo pela incrível aventura que é ir à padaria de manhã com a outra, que corre pra chutar a água das poças, gosta de brincar de pular (mesmo sem saber pular direito ainda) e dançar na calçada da avenida me pedindo pra que faça o mesmo ao que eu sempre atendo e nos divertimos muito!
Sou feliz com elas, quando dou garupa, ajudo a estudar, quando vejo as duas brincando juntas, ou levo no colégio, ou mesmo quando vejo dormir e fico pensando "nossa como cresceu rápido" .
É muito bom ser irmã mais velha, é muito bom ter essa vontade de proteger, de ser presente, de estar junto, de que sejam mto felizes e se sentir de alguma forma responsável por elas e ter esse amor que é fraterno mas tem algo de materno, apesar das vezes que eu também digo não.

terça-feira, 10 de março de 2009

O infinito


Hoje eu vinha pra casa pensando sobre o infinito.
Como pode algumas coisas não terem fim, como os números, não acabam e são um imediatamente diferente do outro, assim como as infinitas combinações de casas pelas ruas do mundo, que mesmo sendo tão diferentes sempre terão em comum a moldura do céu e do firmamento. Acho muito bom que a vida de cada um de nós seja finita, muitas vezes não se dá valor à ela mesmo sendo assim, imagina só se tivessemos todo o tempo do mundo, aliás o tempo é que anda reduzido ultimamente, mas essa é outra história... e acredito também que a prepotência seria bem maior, mas talvez por nós sermos finitos é que temos dificuldade em aceitar o que não tem fim, de qualquer forma me parece intrigante as coisas que não acabam. E o céu está lindo essa noite.

faltas

sinto saudade de muita gente, saudade de outros tempos, mas que falta me faz eu mesma as vezes...
parece que a essencia guardei em algum lugar, horas acho, horas esqueço, e em muitas ocasiões sufoco, mto mais do que queria, mas se procuro, se tento trazer à tona,



sim



ainda esta lá, e como é bom reverte minha amiga!