sábado, 16 de janeiro de 2010

Segundo Capítulo

Antes de escrever é necessário dizer que esta é uma estória(?) que não tem fim. Ou quem sabe tenha? De qualquer maneira, quando tiver ele não poderá ser narrado. Assim, ela demorará a ser resignificada dentro dos signos humanos, pois as sensações de um ser humano (seja ele de verdade ou de mentira) são muito maiores do que nossas meras codificações.


Já faz muito tempo daquele reencontro.
Eles se veem sempre e já não veem o mundo como antes.
Coisas estranhas lhes acontecem assim como a todos nós.
Ela chegou hoje, mas o deslocamento não foi cansativo.
Está acustumada após os dois anos de idas e vindas.
Sim já fazem dois anos.
Ele já não toca mais. Raramente o faz. Usa sapatos agora, e a maioria são da mesma cor.
As vezes brincam de casinha.
Ele trabalha, estuda e se acha gente grande, mas passa horas no telefone e é capaz de chorar copiosamente.
Quem não o é?
Ela é sempre ambigua e possessiva. Como se resolvesse. É compreensiva também, e os momentos não estão fáceis.
Se amam. Isso abrevia muita coisa (não esclarece na mesma proporção).
Agora estão em casa, ele toma banho enquanto ela observa a rua. Agora está cansada ...
Passadas algumas horas de sua chegada. Está realmente cansada.
Vão jantar. Um lugar simples nada de mais. Algumas cervejas, uma musica de ritmo familiar e o ar da noite de verão. Uma noite boa de se respirar, boa de sentir pelos poros do corpo.
É tarde, rumam de volta. Chegam sabendo que não vão ficar.
Se divertem a noite inteira. Dentro de quatro paredes, parecem crianças com suas raquetes competindo e rindo. Nenhum deles gosta de perder.
O ar frio da noite parece mais frio em corpos suados. Quem vê de fora, como nós, acha até engraçado, mas eles realmente não gostam de perder, essencialmete um para o outro.
Beijos, Squash, competição e risos. Um ritual excentrico para uma madrugada agradável.
A maioria não o faria, mas eles tem a vida inteira.
O dia nasce.
Banho e rua.
A praia é linda quando nasce o sol.
Na padaria um belo café. Na feira as melhores verduras escolhidas a quatro mãos.
Uma caminhadinha pra saudar o sol.
E como é bom dividir o sono quando todos acordam.

Um comentário:

Eutímicas ás Avessas disse...

Acho carregado de beleza....ahhh e amor.