Sim, o melhor da febre é o delírio
Mas no rastro da sombra que deixaste
Caminho com a tristeza
Bebendo chuva e lágrimas
Até o céu já conhece essa cena...
Quando houvera querer, pairava a serenidade
E o perfume fresco que nutria o espírito
Era qualquer coisa de um pedaço de ti
Qualquer coisa...
Agora, enquanto deliro em febre trôpega
As lembranças são como névoa que engole tudo em manhã cinza
E lembro que o melhor da febre continua sendo o delírio
Porém isso eu não aprendi contigo
Aprendi na vida, na rua, em risos escrachos
Conversas vazias, filosofias vãs
Nada volta atrás, e muito tempo já se foi
Nada foi tão presente na ausência. Sempre.
E o que tenho hoje é só essa febre de espasmos
E os delírios de bruma
Com os sonhos rasgados
De planos que a vida tratou de dissipar
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2 comentários:
Nossa tu escreve muito bem, parabéns. Lindo, dolorido, melancólico, e muito muito consciente!
bjs
Meu Deus!!! Tu te superou! :-)
Dez.
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